quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Escravidão no Brasil

A escravidão no Brasil foi feita durante 300 anos; mas esses anos foram contados apenas quando não tinha nenhuma lei que abolia a escravatura. No começo, aqui no nosso país os portugueses escravizaram os indígenas vividos aqui, com o tempo eles estavam vendo que os índios não estavam mais aguentando o duro trabalho, então começaram a comprar os escravos africanos, pois além de serem uma raça forte na mão de obra, também não são muito fáceis de pegarem doenças. A Lei Áurea, criada em 1888; abolia a escravidão no Brasil, mas até hoje nós vemos pessoas escravizando outras; Mas realmente o que é escravizar uma pessoa? Escravizar uma pessoa é fazê-la trabalhar demais, sem cessar, ter más condições de trabalho, não ter acesso a saúde e a educação, não ter acesso a salário, ou seja, viver em condições desumanas. Hoje existe uma tal de "escravidão moderna", em que consiste no trabalho compulsório e no tráfico de pessoas. Para mim, isso é uma falta de respeito à vida humana!

Reportagem:

Escravidão em ferrovia paulista: detalhes e repercussão

Reportagem exclusiva disseca flagrante de trabalho escravo ocorrido na linha férrea Santos-Mairinque, concedida à empresa ALL. Isoladas em contêineres na Serra do Mar, vítimas enfrentavam degradância, descaso e ameaças
Por Maurício Hashizume
São Paulo (SP) - O flagrante de trabalho escravo na manutenção da Ferrovia Santos-Mairinque, administrada pela América Latina Logística (ALL), ganhou destaque em dezembro último por dois motivos principais: pela prisão em flagrante do dono de empreiteira menor subcontratada para fazer o serviço e por ter ocorrido nas cercanias da maior cidade do país.

O caso reserva, porém, outros traços e pontos complementares que não vieram à tona na época do ocorrido. Novos detalhes - e o posterior comportamento das empresas e agentes envolvidos - são apresentados nesta reportagem especial da Repórter Brasil, que acompanhou todos os lances da operação.


Ao final da fiscalização, 51 trabalhadores foram libertados pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), em  ação conjunta com a Polícia Civil e com a Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania (SJDC). Todos atuavam na manutenção de trilhos e dormentes em trecho da ferrovia concedida à ALL que atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar, entre Embu Guaçu (SP) e Santos (SP).

O quadro de aliciamento, retenção de documentos, cerceamento da liberdade e condições insalubres e desumanas (marcada pelos alojamentos precários e isolados em contêineres no meio da mata) - pintado pelo delegado Laerte Marzagão na entrevista coletiva convocada no dia da ação - ganha uma dimensão mais concreta nos depoimentos dos trabalhadores.

"A única lei que vale mesmo aqui é a de que o trem não pode parar", declarou uma das vítimas à Repórter Brasil. O próprio recrutamento das vítimas - boa parte delas vindas de Santo Amaro da Purificação (BA), atraídas, sob ardilosas promessas, por um intermediário da M S Teixeira (quarteirizada da ALL, que contratara inicialmente a Prumo Engenharia) que recebera R$ 50 por cada trabalhador arregimentado - teria sido solicitado, com urgência, para suprir a lacuna deixada por uma outra subempreiteira que perdera espaço na prestação de serviço. Esta última foi preterida por causa da verificação de tombamentos de composições em trechos por ela conservados, sem qualquer relação com as aviltantes condições trabalhistas oferecidas.

"O nosso trabalho garantia o funcionamento de uma das principais vias de circulação de mercadorias que movimenta o Brasil. Mas, assim como nas guerras, só os ´sargentos´ são lembrados. Nós, que estamos na ponta fazendo o nosso serviço, não somos valorizados", completou outro trabalhador. Os libertados recordaram de episódios em que, para recolocar vagões descarrilados de volta para os trilhos, fizeram intenso esforço físico desde a tarde de um dia até a manhã do outro, sem pausa ou refeição.
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Fonte: Repórter Brasil
Link: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1856

Postado por: Carolina Trintim

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